”Nunca se perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano que, o simples facto de conter algumas gotas de água suja, não o torna completamente sujo.” Servimo-nos destas palavras de Mahatma GANDHI para orientar a nossa reflexão de hoje, nesta ocasião do primeiro aniversário do ALTO CONSELHO DE CABINDA.
Com um ano de vida, o ACC passou por tempestades não menos assustadoras, ameaçando a sua existência e que foi necessário muita abnegação e firmeza dos seus membros para que hoje e agora estejamos onde estamos. O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente e, por isso, não se pode perder a esperança na convicção que se tem e, se quisermos progredir, não devemos repetir a história, mais sim, fazer uma nova história.
O Dia 8 de Novembro de 2020 volta a ser uma data histórica para o nacionalismo cabindês por – para além de marcar o início da luta armada do Povo de Cabinda pela sua liberdade – ser o dia que o ALTO CONSELHO DE CABINDA se instala ”oficialmente” no território nacional.
Designada por Estrutura Territorial, o ACC em Cabinda existe desde a sua fundação em Accra, Gana, em Outubro do ano passado. Um ano depois, o ACC acaba, finalmente de vincar o seu pé no interior do território na ocasião da celebração do seu 1o aniversário de vida e do 45o aniversárion da existência duma resistência armada no território de Cabinda.
O evento foi marcado pelo impossamento dos membros da Direcção Territorial do Alto Conselho de Cabinda na presença de vários convidados, que são essencialmente personalidades políticas do movimento nacionalista cabindês residentes e dos representantes dos partidos politicos Angolanos da oposicao, sitos em Cabinda.
Ocoreu tudo num clima de tranquilidade e confraternização, pelo que agradecemos a todos presentes, de forma geral, e a direção do ACC em Cabinda, em particular, pela realização vitoriasa deste evento.
Para terminar, achamos que nunca País algum se refez das suas cinzas, sem antes se ter passado numa situação de purificação pelo fogo.
Bem haja o ACC, bem haja Cabinda.
Matondo bene.
Discurso da Representante territorial do ACC em CABINDA, Senhora Madalena Destino
Excelentíssimos,
Senhores e senhoras, Distintos líderes do movimento reivindicativo do direito à autodeterminação de Cabinda !
Ba yaya,
Antes de mais, tenho a desejar-vos boas vindas à minha humilde residência, e que a vossa pronta resposta e disposição de terem aceite, com agrado, ao nosso convite, constituí, sobremaneira, uma sublime honra à nossa organização.
Zinkomba ziami, o fim último deste acto, na qual fostes convidados a participar, consubstancia-se na comemoração do primeiro aniversário da fundação, em ACCRA – Gana, do ALTO CONSELHO DE CABINDA – ACC, uma organização cujo propósito visa tão-somente congregar todas as organizações políticas de CABINDA, de modo a construir consensos relativamente ao futuro político de CABINDA.
Aproveitamos, porém, associar a este momento sublime o ensejo de apresentar oficialmente aqueles a quém se confiou a nobre missão de dirigir o ACC a nível territorial, em CABINDA.
Já que estamos no mês de NOVEMBRO, gostaríamos de igual modo, saudar a todos filhos e filhas de CABINDA, quais herois inesquecíveis, que desde muito cedo, no dia 8 de NOVEMBRO de 1975, pegaram em armas para combater a pretensão neocolonialista da coligação russa, cubana, catanguesa e FAPLA de subjugar a nossa grande Nação, que se chama Cabinda.
Assim sendo, convido-vos, com todo respeito, que se coloquem em pé de modos a observarmos um minuto de silêncio em memória de todos que tombaram na sua missão de procurar insensantemente o futuro próspero de CABINDA.
Aieee Bana ba Macongo, Mangoyo ai Maloango !
Ao recordarmos o elevado espírito patriótica, que moveu os founding fathers da revolução CABINDESA para reivindicar ao então Governo português a observância dos pressupostos do protetorado de CABINDA, devemo-nos chamar à reflexão sobre :
a) Qual a essência da revolução CABINDESA !
b) O que nos move a esta revolução !
c) Quais seriam as premissas para o alcance dos desideratos da revolução CABINDESA !
Para terminar, gostaria de apelar a unidade – nfiengu mpuku, mbembu mueka – das organizações, das suas lideranças e de todos filhos comuns CABINDAS, qual força imprescindível na realização dos nobres anseios políticos do nosso povo querido.
Muito obrigado a todos.