Lá vai 1 mês desde os nossos Compatriotas foram presos pela força invasor angolana por apelarem ao Diálogo sinceiro e incluisivo e abaixo das armas em Cabinda.

LIBERDADE AOS NOSSOS COMPATRIOTAS Eng° Maurício Gimbi Presidente da UCI, André Bônzela e João da Graça Mampuela ambos do Bureau Pulítico da UCI.

Cada noite penso a Liberdade para Cabinda e cada manhã tenho Esperança da minha Terra estar livre da Opressão. Já faz 4 Semana desde que foi preso injustamente pela Segurança angolana os Líderes da UCI- União do Cabindeses para Independência Eng° Maurício Gimbi, André Bônzela e João da Graça Mampuela.

LIBERDADE AOS NOSSOS BRAVOS JOVENS DA UCI

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Lembrança de fatos

Regime do MPLA prossegue detenções arbitrarias em Cabinda

Segundo denunciou hoje a União dos Cabindenses para Independência – UCI foram detidos de forma arbitraria na manhã deste Domingo, 28 de Junho precisamente às 8h30, Maurício Gimbi e André Bonzela, Presidente e Vice-Presidente membros da UCI na região de Buco N´goio por agentes afectos aos órgãos de defesa e segurança de Angola estacionadas em Cabinda.

Essas forças acusam os membros da UCI hoje detidos de supostamente terem liderado um grupo de jovens que na calada da noite efectou afixação de panfletos em várias artérias da cidade de Tchiowa. Segundo se apurou o panfleto apelava para o fim das hostilidades entre as Forças Armadas Cabindesas-FAC e as Forças Armadas Angolanas-FAA e bem como apelava ainda a resolução do conflito que perdura em Cabinda de forma pacífica.

Por essa razão, após a detenção (Maurício Gimbi e André Bonzela também conhecido por AB Gladiador) foram conduzidos aos calabouços dos Serviços de Investigação Criminal – SIC em Cabinda (em condições desumanas), sito nas imediações da Nissan-Cabinda, onde passarão a noite e infelizmente lhes foi recusado a visita do advogado tendo as autoridades policiais alegado por ser Domingo.

A UCI afirma ainda que Maurício e AB Gladiador, “foram severamente espancados” no momento da detenção pelos efectivos do SIC e da Polícia de Intervenção Rápida – PIR.

Maurício Gimbi foi detido pela primeira vez com mais 60 Independentistas de Cabinda no 28 de Janeiro de 2019 quando tentava organizar e participar na Marcha Pacífica em alusão aos 134 anos da assinatura do Tratado de Simulambuco, bem como protestar ainda contra colonização angolana e à favor da Autodeterminação e Independência de Cabinda.

Em consequência desta detenção Maurício e outros membros quer da UCI e MIC foram no passado 05 de Fevereiro de 2020 formalmente indiciados pela prática dos crimes de Associação Criminosa; Ultraje ao Estado e Associação de Malfeitores pela PGR de Angola, segundo a nota da acusação que tivemos acesso.

O problema de Cabinda é político, os milhares de soldados das FAA, estacionados no território não desmentem a nossa tese. Se há uma forte presença militar angolana, prisões arbitrárias e violações dos direitos humanos, Cabinda deve de agora em diante passar a ser considerado, como sendo um território ocupado militar e ilegalmente por Angola. Como é e sempre foi desde de 1975.

Lembrar ainda que deste bicudo processo, foram postos recentemente em liberdade oito membros do MIC que estavam detidos nas celas do Serviço de Investigação Criminal (SIC), que imbuídos de um espírito Nacionalista e Independentista, tentaram uma vez mais soltar o grito de Ipiranga para a realização do Referendo para à Autodeterminação do povo de Cabinda, no dia 10 de dezembro do ano transato.

No território de Cabinda agora e sempre foi assim ver o reforço do dispositivo das forças de defesa e segurança por parte das autoridades angolanas. Onde a juventude Cabindense se transformou num alvo a bater, como as vítimas de hoje Maurício Gimbi e André Bonzela, tudo fruto.

Do escalar da “tensão militar” entre os efectivos das FAC e das FAA, no território de Cabinda, despoletado desde de 04 de Junho último na sequência da violação do cessar-fogo da ONU pelas Forças Armadas Angolanas o que coloca em risco à Paz e a Segurança Internacionais na região Central de África.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas-UNSC, deve apelar com urgência as partes para à resolução do diferendo pacificamente e sobretudo recomendar com urgência o executivo angolano, liderado pelo Presidente João Lourenço a abandonar a sua política de violência, repressão e opressão contra o povo de Cabinda.

A guerra, a opressão e a repressão não podem continuar a ser o últimos recursos para à Paz em Cabinda !

O território de Cabinda é um Protetorado Português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

Desde o recomeço das tensões militares entre as FAC e as FAA que prevíamos um cenário sombrio para o Território Cabinda, alertávamos que poderia se assistir o aumento da opressão e repressão por parte das autoridades angolanas contra os independentistas Cabindenses tendo em conta que uma delegação que integra membros dos órgãos de defesa e segurança angolanos, trabalhou em Cabinda, de 07 à 15 de Junho último, por essa razão voltamos à apelar prudência aos Movimentos Independentistas de Cabinda quer no interior e na diáspora.

Fonte : Mbembu Buala, Texto de José Kabangu

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