Fundação do FLEC

Publicado por Tchissap

 

O contexto africano do despertar nacionalista favoreceu o aparecimento de muitas correntes de independência que levaram à onda de descolonização de muitos países africanos na década de 1960. É nessa dinâmica de efervescência nacionalista que três organizações de independência foram criadas. Cabindais no antigo Congo Belga e Francês: o Movimento para a Libertação do Enclave de Cabinda (MLEC) em Léopoldville em 1959, presidido por Luis de Gonzaga Ranque Franque, o Comitê de Ação da Union Nationale Cabindaise (CAUNC) em Brazzaville em 1961, presidido por Henriques Nzita Tiago e a Alliance du Mayombe (ALIAMA, em homenagem ao maciço florestal do norte de Cabinda) em Pointe-Noire em 1962, presidido por António Eduardo Sozinho Nzau.

O Padre Fulbert Youlou, Presidente do Congo-Brazzaville, apoiou o pedido de independência de Cabinda e facilitou a presença de separatistas cabindas no seu país. Em 1963, os três movimentos políticos separatistas fundiram-se para fundar a Frente de Libertação de l’Enclave du Cabinda (FLEC), com sede em Pointe-Noire.

No final desta primeira grande reunião para a reunificação das forças políticas cabindesas, o Bureau da FLEC é composto pelo Sr. Luis de Gonzaga Ranque Franque, Presidente da FLEC, o Sr. Henriques Nzita Tiago, Vice-Presidente da FLEC e o Sr. António Eduardo Sozinho Nzau, Secretário Geral da FLEC. O nascimento da FLEC está enraizado em uma identidade puramente Cabindaise, correlacionada com um contexto africano de despertar nacionalista.

Este movimento de independência é um herdeiro da luta anticolonial que nunca deixou de desafiar a história, tendo lutado primeiro contra o Império Português e agora lutando contra um dos exércitos mais experientes da África, as Forças Exércitos Angolanos (FAA).

Em 1 de agosto de 1975, o Sr. Luis de Gonzaga Ranque Franque, Presidente da FLEC proclamou a independência de Cabinda na cúpula da OUA em Kampala, reconhecida pelo Gabão, Uganda e Zaire (atual República Democrática do Congo).

Em 1977, o Sr. Henrique Nzita Tiago fundou a ala militar da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, em particular as Forças Armadas Cabindais, na sigla FLEC-FAC, tornou-se Presidente e Chefe Supremo das Forças Armadas Cabindais (FAC).

Apesar dos grandes contratempos no início dos anos 90 e de um contexto sub-regional e internacional desfavorável, o movimento de independência de Cabindan mostrou grande resiliência, lembrando a árvore que resiste ao fogo, em nome de “Mpalabanda”.

Les Fondateurs du FLEC
Les Fondateurs du FLEC

A paz nos iluminará a humanidade e a bondade

A paz não é apenas a mera ausência de violência ou agitação. É quando existe a possibilidade de conflito, mas você toma uma decisão consciente para evitar a violência, adota e usa métodos e meios pacíficos para resolver o problema. Isso é paz de verdade.

Dalai Lamas

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